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quinta-feira, 10 de maio de 2012

A Liderança Segundo Maquiavel lançamento de livro

Compre aqui o livro 'A Liderança Segundo Maquiavel'




E
ste livro apresenta de maneira clara muitas das ideias defendidas pelo grande pensador Nicolau Maquiavel sobre a liderança, no contexto empresarial da atualidade.

Além disso, faz um relato histórico do papel de diversas personagens que se tornaram lideres em seu tempo, mostrando sucessos, fracassos e o motivo de cada um segundo as teses do pensador florentino.

Personagens políticas como Napoleão; Martin Luther King; Stalin; Trotsky; Rasputin; Getúlio Vargas; Janio Quadros e João Goulart; são abordadas à luz dessa clássica teoria sobre a liderança. Também a atuação de líderes empresariais como Lee Iacocca, Alfred Sloan, Andrew Carnegie e Steve Jobs é discutida.

Ao mesmo tempo em que a obra lida com as muitas vezes polemicas opiniões de Maquiavel, este livro busca dar-lhes novo fôlego projetando-as sobre a rotina empresarial; comparando-as com a opinião de especialistas em administração, como Peter Drucker, Cham Kim e outros.

O resultado é uma fascinante abordagem que, sem apresentar uma fórmula definitiva para a liderança, procura contribuir com as empresas e instituições nos dias atuais.

domingo, 16 de março de 2008

A Liderança Segundo Maquiavel – capítulo 6

A Liderança Segundo Maquiavel – capítulo 6
Como Deve Proceder um Líder Frente aos Seus Comandados
Uma das principais funções de um líder é promover e manter a motivação e o entusiasmo de suas tropas, frente aos desafios organizacionais que surgem constantemente na empresa. Espera-se de um líder ânimo e atitude física e mental positiva, para manter alto o moral de sua equipe de trabalho. Para isto, é preciso acostumar o corpo e a mente aos sacrifícios que o cargo exige. A postura do líder no exercício de seu cargo se traduzirá diretamente no comportamento de seus liderados. Deve se manter sempre orientado à competição empresarial, buscando atingir objetivos cada vez mais ambiciosos, e com isto, forçar seu grupo a um crescimento profissional continuo.
Nas palavras de Maquiavel: ”Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda”. Segundo Maquiavel, a primeira razão para a perda do comando é negligenciar a arte do combate e da competição.
Deve o líder conhecer o comportamento de sua equipe, pois aquele que desconhece as atitudes de seus comandados sofre por não ser estimado e nem poder confiar neles. Mas também precisa o líder conhecer o ambiente competitivo, os principais concorrentes, seus movimentos, sua intenções e assim, passar confiança aos liderados sobre suas decisões.
Vejamos o que Maquiavel tem a dizer sobre a importância de o Príncipe conhecer a arte da guerra e o território onde serão travadas as batalhas, que serve de analogia para a necessidade de conhecimento pelo Líder do ambiente competitivo e a batalha entre as empresas, para conquistarem territórios na competição de mercado:
“Deve o príncipe, portanto, não desviar um momento sequer o seu pensamento do exercício da guerra, o que pode fazer por dois modos: um com a ação, o outro com a mente. Quanto à ação, além de manter bem organizadas e exercitadas as suas tropas, deve estar sempre em caçadas para acostumar o corpo às fadigas e, em parte, para conhecer a natureza dos lugares e saber como surgem os montes, como embocam os vales, como se estendem as planícies, e a aprender a natureza dos rios e dos pântanos, pondo muita atenção em tudo isto. Esses conhecimentos são úteis por duas razões: primeiro, aprende-se a conhecer o país e pode-se melhor identificar as defesas que ele oferece; depois em decorrência do conhecimento e prática daqueles sítios, com facilidade poderá entender qualquer outra região que venha a ter de observar, eis que as colinas, os vales, as planícies, os rios e os pântanos que existem, por exemplo, na Toscana, têm certa semelhança com os das outras províncias, de forma que, do conhecimento do terreno de uma província, se pode passar facilmente ao de outras. O príncipe que seja falto dessa perícia, está desprovido do elemento principal de que necessita um capitão, pois ela ensina a encontrar o inimigo, estabelecer os acampamentos, conduzir os exércitos, ordenar as jornadas, fazer incursões pelas terras com vantagem sobre o inimigo.”
Esta prática é o equivalente coorporativo ao que fazia Rai Kroc, fundador e presidente do McDonald’s, que visitava anônimamente lanchonetes nos EUA, observando as qualidades e defeitos em suas unidades e comparando-as às da concorrência, para então tomar decisões e efetuar mudanças para melhorias contínuas. Lideres coorporativos de sucesso fazem o mesmo, saem de seus escritórios e vão pessoalmente conhecer o ambiente competitivo para tomar decisões baseadas em fatos concretos e não em suposições.
Maquiavel segue com seus conselhos sobre este assunto, vejamos um exemplo:
“Filopémenes, príncipe dos Aqueus, dentre os louvores que lhe foram endereçados pelos escritores, mereceu também aquele de que, nos tempos de paz, em outra coisa não pensava senão em torno de guerra e, quando excursionando pelos campos com os amigos, freqüentemente parava e com eles argumentava: - Se os inimigos estivessem sobre aquela colina e nós nos encontrássemos aqui com nosso exército, qual de nós teria vantagem? Como se poderia atacá-los, mantendo a formação da tropa? Se quiséssemos nos retirar, como deveríamos proceder? Se eles se retirassem, como faríamos para persegui-los? - E propunha-lhes, andando, todos os casos que possam ocorrer em um exército; ouvia a opinião dos mesmos, dava a sua corroborando-a com argumentos, de maneira tal que, em razão dessas contínuas cogitações, jamais poderia, comandando os exércitos, encontrar pela frente algum imprevisto para o qual não tivesse solução.”
Esta mesma prática deve ser adotada pelos líderes dentro de suas organizações, estimulando sua equipe a pensar sobre formas alternativas de enfrentar a concorrência. Com esta prática, podem surgir novas idéias competitivas, além de manter os comandados em constante estado de alerta e focados na relação com os concorrentes.
Maquiavel sugere também que o líder deve exercitar a mente para as batalhas que virão da seguinte forma:
“Mas, quanto ao exercício da mente, deve o príncipe ler as histórias e nelas observar as ações dos grandes homens, ver como se conduziram nas guerras, examinar as causas de suas vitórias e de suas derrotas, para poder fugir às responsáveis por estas e imitar as causadoras daquelas; deve fazer, sobretudo, como, em tempos idos, fizeram alguns grandes homens que imitaram todo aquele que antes deles foi louvado e glorificado, e sempre tiveram em si os gestos e as ações do mesmo, como se diz que Alexandre Magno imitava a Aquiles, César a Alexandre, Cipião a Ciro. Quem lê a vida de Ciro escrita por Xenofonte percebe, depois, na vida de Cipião, o quanto lhe valeu para a glória aquela imitação, bem como o quanto na castidade, afabilidade, humanidade e liberalidade, Cipião se assemelhava aquilo que Xenofonte escreveu de Ciro. Um príncipe inteligente deve observar essa semelhança de proceder, nunca ficando ocioso nos tempos de paz, mas sim, com habilidade, procurar formar cabedal para poder utilizá-lo na adversidade, a fim de que, quando mudar a fortuna, se encontre preparado para resistir”.
Sábias as palavras de Maquiavel, ao sugerir que se estude as ações dos grandes homens para tirar delas ensinamento e transportá-los para sua realidade. No livro “A estratégia do Oceano azul”, escrito pelo sul-coreano Cham Kim e a professora francesa Renée Mauborgne (Ed. Campus/Elsevier), que está sendo um sucesso editorial em nível mundial, os autores estudaram os principais movimentos competitivos dos últimos cem anos, bem como as ações realizadas pelos executivos destas empresas, e com isto conseguiram formular uma metodologia revolucionária que chamaram de “a estratégia do oceano azul”. Nela, mostram como uma empresa pode fazer para se sobressair em relação a outras numa competição empresarial.
Portanto, podemos concluir reafirmando que todo líder deve ter um conjunto de atitudes para conquistar a estima de seus comandados e manter a si mesmo motivado frente às batalhas e desafios do cargo. Para isto, precisa manter tanto a mente como o corpo em constante estado de treinamento e exercícios para estar à altura dos desafios quando estes chegarem.

Ari Lima
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contato@arilima.com
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Obs.Publicaremos seqüencialmente, cada um dos dezessete capítulos que compõem esta obra, que esperamos possam contribuir para esclarecer e ajudar na difícil tarefa de liderar pessoas.

sábado, 10 de novembro de 2007

A Liderança Segundo Maquiavel 2

Capítulo 2 – Cargos conquistados com recursos próprios e qualidades pessoais


Ao conquistar um cargo de chefia dentro de uma organização, o novo Líder precisa realizar uma serie de analises para poder situar-se naquele novo contexto. Em primeiro lugar, é necessário conhecer o histórico de quem conduziu o cargo no passado, e saber diferenciar as ações que obtiveram sucesso daquelas que fracassaram, procurando imitar em seus antecessores as experiências bem sucedidas. “Deve um homem prudente utilizar os caminhos já traçados pelos grandes”.

Também é preciso conhecer bem o perfil individual e coletivo da equipe que irá trabalhar diretamente, “seu exército particular”, e também a cultura daquela organização como um todo. O resultado de seu trabalho e de sua liderança está intimamente relacionado ao poder de influência do líder sobre aquela equipe.

Em geral, um líder novo enfrenta maiores ou menores dificuldades dependendo de suas virtudes e da conjuntura dos aspectos subjetivos do novo cargo, o que Maquiavel costumava chamar de “Sorte”. O Líder que depender menos da Sorte e mais das suas virtudes, terá maiores chances de sucesso.

Um dos principais riscos do novo líder certamente é a introdução de novas regras ao assumir o cargo, pois geralmente ocorrerá uma forte resistência por parte daqueles que se beneficiavam com as normas antigas, assim como será frágil a defesa das novas regras pelos demais colaboradores uma vez que ainda não conhecem e não crêem na eficácia das novas leis.

Por esta razão, é necessário saber se o novo Líder dependerá apenas de si próprio para implantar as novas regras, ou se terá que persuadir seus colaboradores para viabilizar as inovações. No primeiro caso, é preciso ter certeza de que terá força e autoridade para implantá-las por tempo suficiente até que surtam efeito positivo sobre o sistema. Caso contrário terá que desenvolver uma estratégia para convencer e persuadir seus colaboradores por tempo suficiente para que o sistema comece a funcionar de maneira adequada.

É preciso levar em conta o seguinte: “em geral a natureza das pessoas é volúvel; É fácil persuadi-los de alguma coisa, mas é difícil mantê-los persuadidos. Convém organizar-se de modo a que, quando não acreditam mais, possa-se fazê-los acreditar com algum tipo de força.”

Ao assumir um cargo de chefia o novo Líder deve procurar basear suas ações muito mais nas próprias competências do que nas condições encontradas no ambiente, na sorte e na promessa de apoio das pessoas. Também é preciso ter certeza da própria força e autoridade que o cargo lhe confere para poder introduzir inovações e mudanças de regras que certamente poderão desagradar parte de seus colaboradores.

Alem do conhecimento específico de sua área de atuação, algumas competências serão fundamentais para consolidar a posição do novo Líder. Capacidade de motivar a si mesmo e aos outros, comunicação e relacionamento interpessoais, bom humor, habilidade de negociação, capacidade de trabalhar em equipe, firmeza de propósitos e disposição para enfrentar dificuldades.

Todas estas são competências que podem ser desenvolvidas mediante estudo, treinamento e força de vontade. O Líder tem de dar, sobretudo, o exemplo de comportamento que deve ser seguido por toda a equipe. Precisa exigir estas competências de todos os membros da equipe, para que possam ser produtivos, por isto, o exemplo a ser seguido é o seu próprio exemplo.

Quanto mais rápido o Líder consolidar sua posição de liderança, mais fácil será mantê-la. Se, como diz a linguagem popular, há cargos em que é preciso “matar um tigre todo dia, quanto maior o tigre que se matar no inicio de sua liderança, menores serão os tigres que serão preciso matar diariamente, para conservá-la.”

Existe uma tendência a se fazer comparações entre o Líder antigo e o novo Líder. Por isto é preciso conhecer o histórico das ações da gestão anterior, primeiro para não cometer os mesmos erros, e segundo para, copiando os acertos, procurar ter um estilo diferenciado para não ser taxado de imitador.

Uma outra preocupação é com os “secretários” do Líder anterior. Aquelas pessoas que, por lealdade ou mesmo involuntariamente, podem tentar dificultar o trabalho do no Líder. É fundamental cercar-se de pessoas de confiança nas posições estratégicas para evitar ter o seu trabalho prejudicado.

Concluímos dizendo que o novo Líder deve basear seu poder de liderança em suas próprias competências e virtudes pessoais, e nos sistema de regras e procedimentos gerenciais que implantar mais do que na confiança no poder do cargo ou do apoio de pessoas alheias as sua vontade e poder de influencia.


Ari Lima
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Obs.

Estaremos publicando sequencialmente, nos próximos dias, cada um dos dezessete capítulos que compõem esta obra, que esperamos possam contribuir para esclarecer e ajudar na difícil tarefa de liderar pessoas.

A Liderança Segundo Maquiavel

Capítulo 1 – Como foi adquirido a liderança

A primeira análise em relação aos desafios que espera o Líder é saber de que forma este cargo, ou liderança, foi conquistado. Alguns são conquistados por merecimento, outros por indicação de alguém. Existe a liderança surgida dentro do próprio grupo, e outras vindas de fora. Há aquelas conquistadas por uma articulação do próprio Líder, com métodos não convencionais ou escusos, assim como outras surgem pela própria estrutura da organização que prevê uma ascensão por tempo de serviço ou com outro critério estipulado por regras.

Em cada caso haverá um grau de dificuldade, sendo que dependendo como a equipe que perceber a chegada do novo Líder, poderá aceita-lo ou não mais facilmente. Existem casos em que o novo Líder assume com grande prestígio e todos sentem uma honra e grande motivação em fazer parte de sua equipe. Em outros casos sua chegada é recebida com desconfiança ou até mesmo com reações contrárias, o que promete criar grandes problemas de adaptação na função de comando.

Uma das principais qualidades esperada de um Líder é o conhecimento profundo da natureza humana, para perceber e entender qual é sua situação inicial frente aos comandados. De que forma está sendo percebido e como será aceito pelo grupo. Existe uma excelente ferramenta gerencial que pode ser utilizada pelo novo líder para conhecer a opinião da equipe sobre ele mesmo, que é a “janela de Johari”. Este modelo foi criada por dois psicólogos americanos, Joseph Luft e Harrington Ingham, há cerca de 50 anos, que mostra a interação entre nossa auto-percepção e a maneira como os outros nos vêem.

A Janela de Johari é dividida em quatro quadrantes, veremos a seguir o que significa cada um destas partes.

EU PÚBLICO - Este primeiro quadrante, chamado de eu aberto ou eu público, é formado por sua auto percepção e pela maneira como os outros percebem você.

EU FECHADO - Esta é nossa área secreta, neste quadrante estão incluídas as informações e características pessoais que somente você conhece sobre si mesmo. E só você mesmo é quem pode decidir o que irá revelar ou não aos outros.

EU CEGO - Esta é nossa área cega. Aquela área de nossa vida que desconhecemos em relação ao que os outros percebem de nós. Quando temos um baixo nível de relacionamento interpessoal, a tendência é que as pessoas não exponham o que pensam de nós, e com isso ficamos sem ter feedback.

EU DESCONHECIDO - O eu desconhecido compreende o campo de nosso inconsciente, daquilo que tanto você desconhece sobre si mesmo, como também os outros desconhecem sobre você.

É fundamental que os lideres trabalhem melhor o auto-conhecimento, procurando ampliar a área do eu público e diminuir as áreas do eu cego, do eu fechado e do eu desconhecido. Procure está atendo às reações e comportamento das pessoas e solicite sempre que possível opiniões e feedback às pessoas de sua confiança.

Assim como para conhecer a natureza do líder é preciso ser um membro da base organizacional, também para conhecer a natureza dos membros da base organizacional é preciso pensar como um líder.

Maquiavel ilustra este ponto com a seguinte observação: O pintor que desenha uma paisagem, de baixo observa o contorno das montanhas e de tudo o que está no alto, enquanto do alto observa tudo que está embaixo. Da mesma forma, para conhecer bem a natureza do povo, é necessário ser príncipe, para conhecer a natureza do príncipe, é necessário pertencer ao povo.

Em função da realidade que encontrar no contexto de sua área de comando, o Líder terá maiores ou menores problemas, e é fundamental que possa percebê-los desde o princípio, pois: “como dizem os médicos sobre a tuberculose, no início o mal é fácil de curar e difícil de diagnosticar. Mas, como o passar do tempo, não tendo sido nem reconhecida nem medicada, torna-se fácil de diagnosticar e difícil de curar. O mesmo sucede nos assuntos de estado. Prevenindo-se os males que nascem, o que só é permitido a um sábio, estes são curados rapidamente. Mas, quando se permite que cresçam, por não havê-los previsto, todos os reconhecem, porem não há mais remédio.”

Dessa forma, deve um líder estar atento às condições de aceitação que encontrar em sua equipe de trabalho e de seus assessores mais próximos, para poder desde o inicio prever as situações críticas e poder administrá-las adequadamente.

À medida que o líder observar que sua condição está sendo questionada, ou porque nutrem temor de mudanças indesejadas, ou porque sentem a falta da liderança anterior, ou porque discordam do método utilizado para a escolha do novo comando, serão necessárias ações rápidas. O novo líder precisa demonstrar o mais cedo possível e de forma inquestionável sua competência e aptidão para o cargo.

Concluímos dizendo que o primeiro grande desafio de um Líder é conhecer profundamente o perfil psicológico de seus comandados, bem como o grau de aceitação que tem em relação aos mesmos, para poder saber o real poder de influencia e comando que goza junto a esta equipe.

Ari Lima
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Estaremos publicando sequencialmente, nos próximos dias, cada um dos dezessete capítulos que compõem esta obra, que esperamos possam contribuir para esclarecer e ajudar na difícil tarefa de liderar pessoas.

domingo, 6 de maio de 2007

Business Jurídico


Business Jurídico

O grande desafio do setor jurídico, neste momento, é buscar fórmulas de incrementar os negócios, o “Business” do setor. O superávit de profissionais, sem a necessária demanda de serviços correspondentes, está gerando um grande número de advogados insatisfeitos com sua profissão, por estarem sub aproveitados enquanto profissionais de Direito. Além disto, o desconhecimento de noções básicas de marketing e gestão de negócios vem agravando a situação no setor.

Para se ter uma idéia do despreparo em marketing da maioria dos profissionais da área, basta consultar a lista telefônica na seção “Advogados” e fazer 100 ligações. Ficará espantado ao saber que pelo menos trinta destas ligações não serão completadas, simplesmente porque ninguém atende. Alguns números, inclusive, não existem mais, segundo informações da operadora.

Das ligações restantes, em oitenta por cento delas, você não conseguirá falar com um dos advogados, apenas com sua secretária, pois os mesmos estão em audiência ou fora do escritório por outros motivos.

Na maioria esmagadora dos contatos, percebe-se a falta de uma política de atendimento visando captar clientes e estabelecer um relacionamento profissional. Apesar da simpatia de muitas secretárias, elas não estão treinadas para transformar uma eventual ligação telefônica em oportunidades de negócios.

Voltemos à questão do Business Jurídico. De que adianta o profissional de Direito investir em MBA, em Pós-graduação e Mestrado, ou instalar-se em salas caríssimas, assim como contratar uma secretária com voz simpática, se não implantar um sistema de captação de negócios, um plano de marketing jurídico, um Business Jurídico?

Foi-se o tempo em que era necessário apenas uma sala, um telefone, uma secretária, um diploma de Direito e ficar aguardando os clientes chegarem. Esta maneira de fazer negócio não funciona mais. No entanto, esta é a prática da grande maioria dos advogados. Põem um discreto anúncio no catálogo telefônico, distribuem cartões de visitas aos conhecidos, e realizam algumas ações esporádicas de divulgação, tentando com isto se estabelecer no mercado, e claro, sem o resultado esperado.

Certamente, se estudarmos a história de sucesso dos grandes escritórios de advocacia, perceberemos uma combinação dos seguintes fatores, que podemos chamar de Business Jurídico: competência jurídica dos advogados titulares e competência gerencial para negócios, incluindo gestão em marketing para o escritório e para a carreira dos titulares.

Portanto, o Business Jurídico seria uma combinação de várias competências e ações associadas ao profissional e ao escritório jurídico com o objetivo de viabilizar e fazer crescer continuamente o seu negócio. Descreveremos, a seguir, as principais ações e competências necessárias:


· Motivação profissional – que é a capacidade de se motivar continuamente, independente das situações adversas ou contratempos que possam ocorrer na vida pessoal e nos negócios. O advogado precisa gostar de sua atividade, só assim poderá estar sempre motivado profissionalmente.

· Produção de conhecimento – capacidade de crescer profissionalmente, adquirindo conhecimentos relativos a sua atividade, e que sejam relevantes para a organização em que trabalha, para sua carreira, para o mercado em que atua e para seus clientes.

· Liderança – capacidade de dirigir pessoas e explorar suas potencialidades, levando-as a serem competentes e motivadas. Liderar, também, é tomar iniciativas e buscar soluções inovadoras para problemas críticos.

· Relacionamento interpessoal – capacidade de se comunicar com as pessoas em geral de forma eficaz, fazer amigos e influenciar pessoas, desenvolvendo o poder de persuasão e convencimento.


· Utilização do marketing – utilizar os recursos do marketing, adaptando as principais ferramentas de promoção para divulgar a marca e os serviços do profissional junto ao mercado, todavia, sem transgredir o código de ética.

· Utilização da Internet - explorar as potencialidades da Internet para criar relacionamentos comerciais com outros profissionais, com clientes e com o público em geral, divulgando sua marca, suas competências e seus serviços.

· Utilização da tecnologia – utilizar todas os recursos tecnológicos para melhor atender as necessidades de seus clientes, aumentando o valor agregado de seus serviços. Equipamentos como Notebooks, Palm Tops, e a criação de sistemas como Call Center (Centro de Chamadas) poderão servir de forma eficaz para o relacionamento com clientes.

· Capacidade de sonhar – finalmente é preciso desenvolver a capacidade de sonhar, o exercício de imaginar coisas impossíveis e criar condições para realizá-las. Fazer o impossível tornar-se realidade pela imaginação, pela persistência e pela fé.

Defendemos o surgimento de uma nova era no setor jurídico, uma nova maneira de realizar negócios, que já está sendo praticada por um certo número de escritórios de sucesso, e que deve ser copiada por aqueles escritórios que ainda vivem na “idade da pedra” dos negócios jurídicos. Defendemos aqui a “era do Business Jurídico”.